Por Neusa Maria Ravaroto
Há anos, diversos programas têm sido desenvolvidos visando à erradicação do analfabetismo em todo o país. Daquele analfabetismo que impede que pessoas possam ler e escrever, que entristece e limita nossa liberdade.
No entanto, há um tipo de analfabetismo diferente deste que conhecemos, que não só entristece ou influencia em nossa liberdade, mas que cria o país que temos, descrito principalmente, pela falta de comprometimento com as questões políticas.
Trata-se do analfabetismo político, sobre o qual Bertold Brecht assim escreveu:
É esse tipo de analfabetismo que mais entristece e até envergonha. Do qual nos tornamos cúmplices e vítimas à medida que nos acomodamos e não cumprimos com nossos deveres e obrigações.
Estamos acompanhando o período eleitoral. Somos chamados a avaliar e escolher os representantes do poder local em todo o Brasil. No entanto, o que com freqüência ocorre, é que muitas pessoas pensam que durante a campanha eleitoral é que os candidatos precisam atender todas as necessidades do povo. Grande Engano! Quem troca seu voto por favores pessoais durante a campanha não ajuda eleger governantes comprometidos com propostas sérias para governar durante quatro anos, apenas contribui para que esse pensamento seja mantido e a prática da cidadania adiada.
Pois, participar do processo eleitoral é uma prática de cidadania. É importante acompanhar desde já a trajetória dos políticos: sua história, seu comportamento social, seus compromissos com o povo, sua vida pública.
O poder político deve constituir um serviço ao povo, à comunidade e à nação. Por isso, é importante também, além de acompanhar os candidatos durante o processo eleitoral, continuar acompanhando-os depois de eleitos, opinando, participando e fiscalizando suas ações. As mudanças verdadeiras e profundas não ocorrem sem força da pressão popular.
O exercício da cidadania começa muito antes da eleição e prossegue depois dela, pois não basta reclamarmos ou nos conformarmos erguendo candidatos à condição de políticos, é necessário fazer de seus mandatos instrumentos do bem comum, de alfabetização política e de justiça.
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Disponível em : www.ybnews.org.br/?system=news&action=read&id=462&eid=231.
Acesso em: 31 de agosto de 2009.
Há anos, diversos programas têm sido desenvolvidos visando à erradicação do analfabetismo em todo o país. Daquele analfabetismo que impede que pessoas possam ler e escrever, que entristece e limita nossa liberdade.
No entanto, há um tipo de analfabetismo diferente deste que conhecemos, que não só entristece ou influencia em nossa liberdade, mas que cria o país que temos, descrito principalmente, pela falta de comprometimento com as questões políticas.
Trata-se do analfabetismo político, sobre o qual Bertold Brecht assim escreveu:
"O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala nem participa
dos acontecimentos políticos;
Ele não sabe que o custo de vida, o preço
do feijão, da farinha, da carne, do aluguel, do sapato, do remédio, depende de
decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e
estufa o peito dizendo que odeia política.
Não sabe ele que, da sua
ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, assaltante e o pior
de todos os bandidos, o político vigarista, pilantra, corrupto e explorador".
É esse tipo de analfabetismo que mais entristece e até envergonha. Do qual nos tornamos cúmplices e vítimas à medida que nos acomodamos e não cumprimos com nossos deveres e obrigações.
Estamos acompanhando o período eleitoral. Somos chamados a avaliar e escolher os representantes do poder local em todo o Brasil. No entanto, o que com freqüência ocorre, é que muitas pessoas pensam que durante a campanha eleitoral é que os candidatos precisam atender todas as necessidades do povo. Grande Engano! Quem troca seu voto por favores pessoais durante a campanha não ajuda eleger governantes comprometidos com propostas sérias para governar durante quatro anos, apenas contribui para que esse pensamento seja mantido e a prática da cidadania adiada.
Pois, participar do processo eleitoral é uma prática de cidadania. É importante acompanhar desde já a trajetória dos políticos: sua história, seu comportamento social, seus compromissos com o povo, sua vida pública.
O poder político deve constituir um serviço ao povo, à comunidade e à nação. Por isso, é importante também, além de acompanhar os candidatos durante o processo eleitoral, continuar acompanhando-os depois de eleitos, opinando, participando e fiscalizando suas ações. As mudanças verdadeiras e profundas não ocorrem sem força da pressão popular.
O exercício da cidadania começa muito antes da eleição e prossegue depois dela, pois não basta reclamarmos ou nos conformarmos erguendo candidatos à condição de políticos, é necessário fazer de seus mandatos instrumentos do bem comum, de alfabetização política e de justiça.
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Disponível em : www.ybnews.org.br/?system=news&action=read&id=462&eid=231.
Acesso em: 31 de agosto de 2009.